domingo, 15 de setembro de 2013

Expectativa

A semana que se inicia será decisiva para o desfecho do chamado mensalão, prato predileto da chamada Grande Imprensa. Na próxima quarta-feira o ministro Celso de Mello, o mais antigo membro do Supremo Tribunal Federal, deverá dar seu voto sobre se a Corte Suprema aceita ou não o embargo infringente para os condenados do mensalão. A votação está empatada em 5 x 5 e o ministro Celso de Mello, o último a votar, deve desempatar, voto que está sendo aguardado com grande expectativa por todos, provocando muita especulação sobretudo da imprensa elitista. Considerando as últimas posições adotadas pelo decano dos ministros do STF, muitos acreditam que ele votará favoravelmente aos embargos, o que significará um novo julgamento para parte dos réus. E é exatamente essa possibilidade que está incomodando os que torcem pela prisão dos condenados. Os debates da semana que terminou evidenciaram uma nítida divisão dos membros do STF, com alguns pronunciamentos que revelaram posições casuísticas e presunções. O ministro Marco Aurélio Melo, por exemplo, tentou diminuir o seu colega Roberto Barroso, o mais novo ministro do Supremo, chamando-o de “novato”, para desqualificar o seu pronunciamento, no qual deixou claro que não pauta suas posições pelo que diz a mídia. O ministro Marco Aurélio disse que se importava com as repercussões na opinião pública, o que causou estranheza, já que em 1999 concedeu liminar ao empresário Luiz Estevão, envolvido com fraudes na construção do prédio do TRT de São Paulo e em 2000 concedeu liminar ao banqueiro Salvatores Cacciola, acusado de um rombo de R$ 1,5 bilhão no Banco Marka. Nessas duas ações ele não se importou com a opinião pública, ao contrário do que acontece agora, no caso do mensalão.

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