Subserviência

Infelizmente ainda existem, nos meios de comunicação, profissionais que se comportam como se o Brasil fosse colônia dos Estados Unidos e dão importância exagerada a tudo o que dizem por lá sobre o nosso país. Ainda nesta quinta-feira a chamada Grande Imprensa deu destaque à opinião de um colunista do "Chicago Sun-Times", Neil Steimberg, que criticou a escolha do Brasil para os próximos Jogos Olímpicos Mundiais. Mostrando fotos sobre as manifestações no Rio de Janeiro e com o título, em letras garrafais, de "Perdemos para isso?", o colunista americano diz que é "hora do arrependimento olímpico". Não entendo por que se deu tanta importância para um colunista que não tem expressão nem mesmo dentro dos Estados Unidos. Recordo que quando Lula ainda era presidente e tentou mediar a tensão com o Irã, por conta do seu programa nuclear, a Secretária de Estado Hillary Clinton, ignorando a proposta conciliatória do presidente brasileiro, propôs sanções econômicas contra o país dos aiatolás. Manchete de um jornal de Belém sobre essa notícia: "EUA lançam o Brasil no ralo da História". Ou seja, para o profissional que deu o título só porque a secretária americana não concordou com a proposta brasileira o nosso país caiu em desgraça perante a história. É muita subserviência. Recordo ainda que quando Silvio Santos ensaiou sua candidatura à Presidência da República, um jornal americano - não me lembro qual - criticou severamente a pretensão "de um apresentador de televisão". Nesse mesmo ano um ator medíocre de filmes de bang-bang - Ronald Reagan - foi eleito presidente dos Estados. Quer dizer: lá pode...