domingo, 7 de julho de 2013
O inferno é aqui
A cada dia eu me convenço mais de que o inferno é aqui mesmo. O ex-senador Demóstenes Torres, que tinha a mania de apontar o dedo acusador a todo mundo suspeito de alguma coisa errada, destacando-se como paladino da honestidade, acabou acusado de relacionamento suspeito com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, de quem ganhou presentes, e provou do próprio veneno, perdendo o mandato. Agora o ministro Joaquim Barbosa, que conquistou notoriedade no julgamento do mensalão como rigoroso julgador de supostos corruptos, foi apontado pelos jornais "Folha de São Paulo" e "Jornal do Brasil" como beneficiário de recursos do Supremo. O JB diz que ele viajou para o Rio de Janeiro, para assistir o jogo amistoso entre o Brasil e a Inglaterra, no Maracanã, não de avião da FAB mas às custas do STF. O jornal carioca reproduziu noticia do jornal "Zero Hora", segundo o qual o presidente do Supremo assistiu o jogo, no camarote do casal Luciano Hulk e Angélica, junto com o filho Felipe, que acaba de ser contratado pela TV Globo. Segundo o "Jornal do Brasil", os ministros do STF tem usado dinheiro da Corte ara viagens durante o recesso, quando estão de férias, e para levar as mulheres em vôos internacionais. A Assessoria de Comunicação do STF, no entanto, informou, através de nota, que o ministro Barbosa não viajou para assistir o jogo do Brasil, mas "apenas retornou à sua residência no Rio, como faz regularmente há mais de 10 anos, desde que empossado ministro". Já a "Folha de São Paulo" disse que o presidente do Supremo, embora venha criticando os gastos do Judiciário, recebeu R$ 580 mil em benefícios atrasados. Segundo o jornal paulista, ano passado o Conselho Nacional de Justiça autorizou, contra o voto do ministro Barbosa, pagamentos no valor de R$ 100 milhões para oito Tribunais de Justiça dos Estados, relativos a auxilio-alimentação. O presidente do Supremo criticou a decisão do CNJ, classificando-a de "esdrúxula" e "Inconstitucional". A Assessoria de Comunicação do STF, em outra nota, informou que ao assumir o cargo de ministro o atual presidente da Corte ficou impossibilitado de tirar licenças a que tinha direito e "requereu com êxito o pagamento ao Procurador Geral da República". A "Folha", no entanto, afirma que a Procuradoria Geral da República deu uma resposta diferente: "A conversão do saldo de licenças-prêmio não foi feita a pedido do servidor, mas por decisão administrativa".
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