sábado, 20 de julho de 2013

Propinoduto tucano

A revista "IstoÉ" desta semana revela um escandaloso esquema de desvio de dinheiro das obras do Metrô e dos trens metropolitanos, montado durante os governos do PSDB em São Paulo. Lobistas e autoridades ligadas aos tucanos operavam por meio de empresas de fachada. A revista diz textualmente: "Ao assinar um acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a multinacional alemã Siemens lançou luz sobre um milionário propinoduto mantido há quase 20 anos por sucessivos governos do PSDB em São Paulo para desviar dinheiro das obras do Metrô e dos trens metropolitanos. Em troca da imunidade civil e criminal para si e seus executivos, a empresa revelou como ela e outras companhias se articularam na formação de cartéis para avançar sobre licitações públicas na área do transporte sobre trilhos. Para vencerem concorrências, com preços superfaturados, para manutenção, aquisição de trens, construção de linhas férreas e metrôs, durante os governos tucanos em São Paulo, os empresários manipularam licitações e corromperam políticos e autoridades ligadas ao PSDB e servidores públicos de alto escalão". A revista diz ainda que a prática criminosa, que trafegou sem restrições pelas administrações de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alkmin, já era alvo de investigações, no Brasil e no exterior, desde 2008 e nenhuma providência foi tomada por nenhum governo tucano. "Pelo contrário, desde que foram feitas as primeiras investigações, tanto na Europa como no Brasil, as empresas envolvidas continuaram a vencer licitações e a assinar contratos com o governo do PSDB em São Paulo". Segundo a "IstoÉ", o Ministério Público da Suiça identificou pagamentos a personagens relacionados ao PSDB realizados pela francesa Alstom - que compete com a Siemens na área de maquinários de transporte e energia - em contrapartida a contratos obtidos. Somente o Ministério Público de São Paulo abriu 15 inquéritos sobre os desvios. De acordo com a revista, essa rede criminosa tem conexões com paraísos fiscais e teria drenado, pelo menos, 50 milhões de dólares do erário paulista para abastecer lo propinoduto tucano, segundo investigações concluídas na Europa. Agora uma pergunta: Será que a "Folha", o "Estadão" e a "Globo" vão noticiar alguma coisa sobre esse escândalo??

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