Icebergs

Quem são os mentores e os líderes das manifestações que pipocam no país todos os dias?? Ninguém sabe. Eles se escondem nas sombras mas mesmo assim as pessoas atendem cegamente às convocações nas redes sociais e ocupam as ruas. A bandeira inicial se diluiu em meio a uma lista interminável de pretextos para os protestos. Incentivada pela chamada "midia elitista", que fornece informações sobre hora, local e motivo das manifestações convocadas pela internet, muita gente crédula comparece convencida de que está dando a sua contribuição para melhorar o país. E os bandidos e arruaceiros, mascarados e carregando bombas caseiras, também comparecem para destruir o patrimônio publico e privado e para saquear. Nesse contexto, a polícia, que cumpre o seu papel na tarefa de manter a ordem, é apresentada pela própria mídia como a grande vilã, apesar das imagens exibidas pela televisão que mostram policiais sendo atacados com pedras e coquetéis molotov. Para agravar mais ainda a imagem da policia, sempre acusada de excessos, insistem em afirmar que "a manifestação é pacífica". A cada dia parece mais clara a orquestração das manifestações com objetivos antidemocráticos, o que inclui a satanização dos políticos sempre apresentados como corruptos. Um leitor da "Folha de São Paulo", em carta ao jornal, disse que "existe um golpe em andamento da mídia elitista". E o consagrado jornalista Carlos Heitor Cony, na sua coluna desta terça-feira no mesmo jornal, disse que "as redes sociais podem ser comparadas a um iceberg: a parte maior fica submersa e o que se torna visível é apenas a pequena porção de um obstáculo que pode destruir não apenas um titânico navio, mas todo um sistema político".