sexta-feira, 19 de julho de 2013
Analfabeto político
Em palestra sobre política internacional para estudantes da Universidade Federal do ABC, o ex-presidente Lula mandou um recado para os manifestantes: "Não neguem a política. E muito menos neguem os partidos". Lula deixou claro que a política e os políticos são partes indissociáveis da democracia e, portanto, negá-los é negar o próprio regime democrático. Além de Lula, muitas pessoas de bom senso tem manifestado a sua preocupação com a verdadeira campanha sustentada pela chamada Grande Imprensa para desqualificar os políticos, transformados em sinônimos de corruptos. De tanto bater-se nessa tecla, infelizmente muita gente passou a ver os políticos como algo nocivo e chegam a dizer que "odeiam a politica e os políticos". Afinal, a quem interessa desqualificar os políticos? Obviamente àqueles que desejam a volta da ditadura. Ao manifestar também a sua preocupação pelo que vem acontecendo no Brasil nesse aspecto, o mestre em Direitos Humanos Ribamar Fonseca Junior, depois de falar sobre a importância da política para a democracia, lembra em seu blog o que disse Bertold Brecht sobre o tema, num texto com o título de "O analfabeto político":“O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais". Portanto, se existem maus políticos também há bons políticos. E se não estamos satisfeitos com os que aí estão basta trocá-los nas próximas eleições. É a omissão que permite a eleição dos vigaristas, pilantras e corruptos.
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