quinta-feira, 4 de julho de 2013
Plebiscito mantido
Enquanto a oposição manobrava para impedir o plebiscito sob o argumento de que o povo é burro, não tem condições de opinar sobre a reforma política, a Presidenta Dilma Roussef afirmava em Salvador: "Eu acredito muito na inteligência do povo brasileiro que, ao longo da história, sempre fez escolhas acertadas". Logo cedo, nesta quinta-feira, os principais líderes oposicionistas - Aécio Neves, Aloysio Ferreira e Agripino Maia - festejaram a falsa notícia de que o governo havia desistido de realizar o plebiscito. "Foi um retumbante fracasso de Dilma", eles disseram, entre outras coisas, fazendo azedas criticas à Presidenta. O vice-presidente Michel Temer, no entanto, a quem atribuíram a informação sobre a desistência do governo, divulgou nota reafirmando a disposição do Planalto em realizar o plebiscito para a reforma política com validade para as eleições de 2014, apesar das dificuldades para cumprimento dos prazos. Quase ao mesmo tempo a Ordem dos Advogados do Brasil, através do presidente da sua secção do Rio de Janeiro, Felipe Santa Cruz, afirmava que "se não pressionarmos o Congresso a reforma política não sai". A OAB defende o plebiscito, pois entende que "qualquer reforma política que venha a nascer desse Congresso é vista com desconfiança". E acrescentou: "Nós sabemos que não há interesse em mudar nada do jogo que aí está estabelecido". O fato é que, apesar do estardalhaço feito pela chamada Grande Imprensa sobre um inexistente recuo de Dilma, com destaque para as declarações dos oposicionistas, o governo manteve o plebiscito para a reforma política.
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