sábado, 28 de abril de 2012
Carta marcada?
A Força Aérea Americana vai lançar, nos próximos dias, um novo edital para a compra de 20 aviões leves de combate. A primeira concorrência, no ano passado, foi vencida pela brasileira Embraer, com seus aviões super-tucanos, mas acabou anulada em dezembro por pressão da empresa americana Beechcraft. A Embraer teme que a nova concorrência tenha novas regras destinadas a deixá-la de fora, de modo a beneficiar a Beechcraft. A negociação envolve 355 milhões de dólares. Se os temores da Embraer se confirmarem estará praticamente sepultada qualquer possibilidade de compra dos caças americanos pela nossa força aérea. E nem poderia ser diferente. Vamos aguardar a concorrência para ver o que acontece.
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Um comentário:
Conseguindo ou não a EMBRAER vender os seus Tucanos para que sejam usados para bombardear os talibãs e outros nem tão talibãs assim lá no Afeganistão, o Brasil JAMAIS deveria comprar esses cacarecos chamados F/18 Super Hornets. Além de serem de uma geração que já está ultrapassada, são recheados de aviônicos e códigos criados pelo país fabricante. Agora mesmo, esta semana, estamos lendo nos jornais que a Inglaterra exigiu à França que lhe passasse para serem inutilizados os códigos dos mísseis Exocet na Guerra das Malvinas e foi atendida. E os Estados Unidos tomaram partido da Inglaterra, jogando para o espaço a solidariedade da OEA.
O mais seguro é o Brasil fazer como o Irã (que só não foi bombardeado até agora por isso mesmo): desenvolver e fabricar mísseis para nos dotarmos de capacidade de deterrência, de dissuasão (e dotá-los também com ogivas nucleares). Nióbio, terras raras, aquíferos, pré-sal, bio-diversidade e território na Amazônia, não são poucas as riquezas a serem defendidas. Os próximos 20/30 anos com certeza serão muito movimentados e surpreendentes. É melhor perder a venda dos Tucanos e ganhar em segurança. Tenho dito.
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