quinta-feira, 5 de abril de 2012

Brasil atômico

Os anônimos que postaram comentários no tópico "Piada", deste blog, tem toda razão. Sem poder de fogo o Brasil jamais conseguirá um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. Eles entendem - e eu também - que o nosso país precisa não apenas ampliar o seu programa nuclear como, também, desenvolver  artefatos que o coloquem na mesma posição das chamadas grandes potências e, desse modo, impor sua voz pacifista no organismo mundial. O Brasil é um país historicamente pacífico, com uma população ordeira, mas não pode continuar fragilizado militarmente diante de outras nações, inclusive da América do Sul, que se fortaleceram em termos bélicos. Construir uma bomba não significa, necessariamente, a intenção de usá-la, mas ela se torna em forte argumento defensivo. Enquanto houver equilibrio de forças não haverá guerra.

2 comentários:

Anônimo disse...

Somos pela paz e pelo entendimento entre os povos, com a aceitação do que cada um tem de diferente em sua cultura e religião, mas, não obstante esse desejo, é preciso reconhecer que o Brasil tem uma necessidade mais do que urgente de ter um poder de dissuasão forte. Boa parte das guerras havidas na história da Humanidade teve origem em problemas econômicos, que são abundantes hoje entre os países que dominam o mundo, com a tendência de se agravarem, até pela necessidade insaciável que tem em se manterem no ápice do poder geopolítico e econômico, procurando sempre o maior bem estar possível para as suas populações.

Dito isto, o Brasil - se quiser mesmo aspirar a um assento como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU - deveria sim buscar a fabricação de sua bomba nuclear (nem creio que em uma eventual reformulação daquele Conselho os P5 viessem a permitir poder de veto para os novos integrantes). E deveria também, como parte do poder de dissuasão, se dedicar com afinco a desenvolver a tecnologia de mísseis, como faz o Irã. Esse negócio de aviação sofisticada é coisa para países mauricinhos ricos, que a embarcam em magnifícos porta-aviões para projetarem seu poder mundo afora. Mísseis tecnologicamente avançados são o melhor porrete para os países pobres e/ou emergentes. São a arma "hardcore" por excelência dos países pobres. E tem extraordinário poder de dissuasão contra inimigos. Vide o Irã, que só não foi atacado até agora pela hesitação de todos os que querem atingí-lo, justamente por ter corrido atrás da tecnologia dos mísseis e tê-los desenvolvido ao ponto de impor real receio. Não serão algumas dezenas de Rafales ou velhos SuperHornets que irão assustar hipotéticos atacantes, quando notoriamente se sabe que os americanos já dispõem do ultrapoderoso F-22 Raptor e trabalham com afinco no desenvolvimento do moderníssimo F-35, ambos de tecnologia furtiva (stealth - invisíveis aos radares), ao contrário dos Rafales, de uma geração anterior. Os F35, de custo menor, serão vendidos a vários países da OTAN, como Reino Unido, Holanda, Canadá, Itália, Dinamarca, Noruega e Turquia. O Brasil é um país amante da Paz, com uma diplomacia forte, mas, pelas riquezas que possui, precisa de um poder dissuasório forte e os mísseis são o melhor caminho para isso. Mas é preciso poder nuclear, também. Em matéria de submarinos, o Brasil está começando a fazer o certo.

Anônimo disse...

Se vis pacem para bellum.