quinta-feira, 8 de março de 2012
Os Maias estão certos?
Mais da metade dos israelenses são contra um ataque ao Irã, segundo pesquisa do jornal "Ha'aretz". Na opinião de 58% dos israelenses se os Estados Unidos não atacarem o Irã o seu país não deve fazê-lo sozinho. Em compensação, mais da metade da população de Israel diz que confia no primeiro ministro Benjamin Netanyahu e no ministro da Defesa, Ehud Barak, para lidar com a ameaça iraniana. O premier Netanyahu, depois de comparar o regime iraniano ao nazismo e o programa nuclear ao holocausto, afirmou, em discurso, que "não podemos mais esperar". Segundo comentário de um anônimo no tópico deste blog intitulado "O Fantasma da Guerra", um ataque às instalações nucleares do Irã, se conseguir abrir a montanha onde foram construidas, poderá liberar radioatividade para toda a região, incluindo os Emirados Árabes. E isso pode ser o estopim para a deflagração da terceira guerra mundial. "Aí os Mais teriam errado apenas na forma e não no ano", acrescentou. Como se recorda, os Maias profetizaram o fim do mundo para este ano de 2012. Procede.
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Um comentário:
Devemos todos torcer para que nessa grave contenda entre Israel/Estados Unidos x Irã o bom senso prevaleça entre os "falcões" que detem o poder de decisão. Sim, porque um ataque ao Irã seria um salto no desconhecido para o mundo inteiro, não apenas pelo aspecto de destruição e mortes que adviriam para todos os lados envolvidos, mas também pelo poder de destruição e desorganização da Economia Mundial, que tem muitos de seus principais atores claudicando no momento. E sabe-se que fatores econômicos adversos são uma parte expressiva dos motivos das guerras havidas no mundo até hoje. Um ataque ao Irã teria profundas repercussões geopolíticas também, bastando considerar que a China importa somente do Irã 30% do petróleo que consome e tem mais de 3 trilhões de dólares de reservas em moeda e títulos americanos. Pode-se imaginar a sua situação em um quadro de desorganização da Economia Mundial provocado por um ataque ao Irã, com o preço do petróleo a alturas inimagináveis. Como a Rússia, por sua vez, veria seus interesses de segurança e de influência profundamente alterados a partir de uma grande mudança na geografia da região? No Paquistão - potência nuclear - boa parte dos militares tem queixas dos americanos e velada antipatia por eles. Isto sem falarmos da grande presença de grupos fundamentalistas naquele País. E se tomassem o poder, num quadro de escalada dos conflitos iniciados? Os americanos se preocupam muito com essa possibilidade. Definitivamente, salvo episódios isolados de falhas eletrônicas nos sistemas de defesa das grandes potências prontamente resolvidos,POLITICAMENTE NUNCA o mundo esteve tão perto de um conflito global como agora, DESDE A CRISE DOS MÍSSEIS EM CUBA EM 1962! É aí que os Maias podem ter se equivocado quanto à forma, mas não quanto ao ano...porque uma 3a. Guerra Mundial obviamente seria o fim da Humanidade. 2012 tem tudo para ser um ano "quente". . .Os desequilíbrios é que provocam conflitos. Muitos estudiosos afirmam que a MAD - Mutually Assured Destruction - é que, paradoxalmente, garantiria a Paz. Ou todos os países se desarmam nuclearmente ou todos teriam também o direito de se armarem com a BOMBA, para obterem o poder de DISSUASÃO.
O Haaretz on line em inglês é uma excelente e indispensável fonte de informações e notícias, e ali pontificam também várias vozes que se erguem pela Paz, de jornalistas e pacifistas israelenses de grande sensatez.
Quanto à exposição à radiação em caso de destruição de todas as plantas nucleares iranianas, não apenas a de Fordow, especialistas dizem que as correntes de ventos sopram na direção dos Emirados Árabes Unidos, Afeganistão, Paquistão e China. . .
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