sábado, 9 de julho de 2011
Seminário do engodo - II
Conforme previsto, o Seminário "Solução Capaf" realizado sexta-feira em Belém pelo Banco da Amazonia e Caixa de Aposentadoria Complementar dos seus Funcionários (Capaf) não passou de um circo montado para uma última tentativa de convencimento dos aposentados e pensionistas que se recusam a aderir ao novo plano, extremamente prejudicial à categoria. A palhaçada começou pelo titulo: "Solução Capaf". Solução para quem? Para o Basa, evidentemente, que quer se livrar da responsabilidade como mantenedor da Capaf. E o programa do evento não incluiu nenhum representante da parte mais interessada no problema, ou seja, os aposentados, pensionistas e funcionários da ativa, cujas associações (AABA e AEBA) foram impedidas de se manifestar. Só estavam programados para falar o presidente da Capaf, José Sales, o presidente do Basa, Abdias Junior, e os representantes da Cafbesp, do Banpará; Previ, do Banco do Brasil;e Capef, do Banco do Nordeste, estes três últimos completamente alheios ao problema. O assessor jurídico da Capaf, Ophir Cavalcante, que também é o presidente nacional da OAB, fez coro à campanha terrorista desencadeada pelo Banco e Capaf contra aposentados e pensionistas. O presidente do Conselho Deliberativo da Capaf e diretor do Banco, Evandro Bessa, disse que se não houver adesão e o novo plano não for implantado até o Banco da Amazonia correrá o risco de quebrar. Segundo ele o rombo na Capaf é de R$ 1,2 bilhão porque a maioria dos participantes não contribui. Ele esqueceu de dizer, porém, duas coisas: primeiro, quem é o responsável pelo rombo e, segundo, que o Basa há mais de 20 anos não recolhe a sua contribuição à Capaf, o que totaliza quase R$ 1 bilhão. Depois disso, só nos resta aguardar o novo capítulo dessa novela de terror.
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4 comentários:
Caro Ribamar,
O seminário era para prestar esclarecimentos sobre o projeto de reestruturação da CAPAF e sobre as experiências da PREVI (Banco do Brasil), CAPEF (Banco do Nordeste) e CAFBEP (Banco do Estado do Pará), na solução de seus planos de previdência, antes deficitários.
Os palestrantes fugiram do tema, exceto os da CAFBEP e CAPEF. Os do BASA, da CAPAF (inclusive o Assessor Jurídico, Dr. Ophir Cavalcante) e da PREVI, além de pugnarem pela adesão aos novos planos, sob argumentos pífios e não verdadeiros, ainda pregaram o terrorismo, salientando os efeitos da intervenção e liquidação da CAPAF.
O representante da PREVI chegou até proferir mentiras e incorreções, logo rechaçadas pelos aposentados e pensionistas, que acabaram cerceados.
Quase todos os representantes do BASA e da CAPAF culparam, nas entrelinhas, os aposentados e pensionistas pela situação caótica da nossa Caixa de Previdência. Perguntei, ao final, pelos mais de 20 anos que o BASA usou, sem remuneração, o dinheiro da CAPAF, e, em caso de liquidação, o que ocorreria com a dívida de R$ 552 milhões do Banco com a nossa entidade de previdência. Não reconheceram nem os 20 anos e nem a dívida, apesar desta constar de documentos referentes aos novos planos, há mais de 10 anos. Por sinal, o BASA não paga e a CAPAF não cobra. O que fazer?
Não permitiram debates, como programado, mas somente respostas a perguntas feitas em um formulário, além de Impedirem a AEBA e AABA de se pronunciarem, impondo suas falas para o final do evento, se houvesse tempo, não aceito evidentemente.
Não gosto de tocar neste assunto, mas ficou bastante saliente a cisão entre os funcionários da ativa e os aposentados, estes sendo acusados pela falência da CAPAF. Cheguei até a ouvir isto no intervalo do evento, bradado por uma funcionária, com a concordância de todos que estavam ao seu redor.
Em razão desse engodo, fiquei ainda mais convicto em permanecer no Plano BD, a melhor alternativa.
José Roberto Duarte
e-mail: robertoduarte2@oi.com.br
O mais notávele também cômico , caro poster, foi a desfaçatez do "líder" classista carreirista Sasseron (funcionário do BB, diretor da PREVI, vice-presidente da ANAPAR , Conselheiro da PREVIC, além de outras funções honoríficas remuneradas que lhe dão um respeitável "holerit" mensal em torno de R$-50 mil reais) querer comparar a situação da CAPAF (falida) com a da PREVI, o maior Fundo de pensão da América Latina e um dos maiores do mundo capitalista. Ele veio também com a missão de "convencer" que a solução CAPAF defendida pelo eixo do mal, com a violação dos direitos dos trabalhadores, é a única saída para os aposentados e pensionistas, ou seja, serem conduizidos para o "matadouro" , sob pena de ficarem sem aposentadorias e pensões. O tal líder clasista Sasseron ficou mesmo sem graça foi quando leu uma pergunta do jornalista Francisco Sidou, por escrito, pois a palavra só era facultada aos debatedores e depois ao "líder" Serginho, do Sindicato dos pelegos, aliás, dos Bancários do Pará. Ele tentou evitar a leitura da pergunta dizendo que era muito longa, mas acabou lendo o final quando Sidou dizia que "comparar PREVI com CAPAF era a mesma coisa que comparar Açaí com Coca-Cola, tal a diferença entre seus elementos e componentes"...Sasseron literalmente ficou com cara de paisagem.
Já o presidente da OAB nacional, Ophyr Jr., fez coro ao terrorismo oficial explícito ao pregar o desalento sobre o futuro de quem pleiteia justiça no Brasil, insinuando que uma ação desse tipo, ou seja, a que foi ganha pela AABA garantindo o direito de aposentados e pensionistas continuarem recebendo suas aposentadorias e pensões, vai demorar muito a ser julgada nas instãncias superiores, pois a AGU não vai dar mole e vai recorrer sempre... Bela apologia de fé no direito de um presidente nacional da OAB, que serviu de "garoto" propaganda do Basa-Capaf...
Infelizmente o presidente nacional da OAB e o conselheiro da Previc, indicam as prováveis reformas das sentençss nas instâncias superiores, logicamente favoráveis ao governo.
Infelizmente o presidente nacional da OAB e oconselheiro da Previc indicam o caminho certo: as prováveis reformas das sentenças na instâncis superiores.
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