sexta-feira, 22 de julho de 2011
Guerra na Fazenda
Uma verdadeira guerra surda se desenvolve nos intestinos da Secretaria da Fazenda do Estado do Maranhão, onde o secretário, Claudio Trinchão, se recusa a classificar os atuais Técnicos da Receita em Agentes Fiscais, o que não criará nanhum nova despesa, produzindo um clima de hostilidades que pode provocar sérios prejuizos para o Estado. Os técnicos são maioria esmagadora entre os funcionários da Fazenda - e os verdadeiros responsáveis pelo seu funcionamento - mas sofrem discriminação por parte dos auditores, que criaram um fosso entre as duas categorias. Os auditores não querem que os técnicos sejam classificados como agentes e o secretário, que também é auditor, faz o jogo deles, sem atentar para a guerra que está alimentando dentro de uma das secretarías mais importantes do Estado. O que Trinchão e auditores querem, na verdade, é extinguir os técnicos como funcionários de carreira, porque a proposta de Emenda Constitucional 210/2007, em vias de aprovação pelo Congresso Nacional, só inclui como tal os auditores e agentes fiscais. O presidente do Sindicato do Fisco Estadual (SINTAF), João José Farah Rios, que desenvolve uma grande luta em favor da reivindicação dos técnicos, está sendo perseguido pelo secretário Trinchão, que o tem obrigado a exercer trabalho de campo para ausentá-lo de São Luis, infringindo assim, flagrantemente, a Constituição do Maranhão que, em seu artigo 19, dispõe que "o servidor público eleito para o cargo de direção de órgão de representação profissional da categoria será automaticamente afastado de suas funções, na forma da lei, com direito à percepção de sua remuneração". A governadora Roseana Sarney precisa urgentemente tomar uma providência, pois se os técnicos decidirem fazer uma greve a Fazenda pára. Por enquanto eles estão tentando resolver o problema, através do sindicato, pelo diálogo. Mas, até quando?
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