terça-feira, 4 de março de 2014

Perigos

O desespero dos que pretendem tomar o poder no país, diante das perspectivas de derrota reveladas pelas pesquisas que indicam a reeleição da presidenta Dilma Roussef no primeiro turno, está conduzindo os que fazem oposição ao governo, especialmente os veículos da chamada Grande Imprensa, por um caminho extremamente perigoso. Convencidos da impossibilidade de derrotar a candidata petista pelos canais naturais proporcionados pela democracia – o voto – os oposicionistas apelam para fórmulas terroristas que ninguém pode prever onde pode desaguar. Enquanto a apresentadora do jornal do SBT, Rachel Sheherazade, convoca uma “marcha com a família” nos moldes daquela que há 50 anos culminou com o golpe militar; e extremistas e desordeiros convocam pelas redes sociais manifestações contra a Copa, inclusive com atentados aos atletas; a “Folha de São Paulo”, um dos principais jornais do Brasil e um dos mais importantes porta-vozes do grupo político e econômico que quer derrubar a presidenta Dilma, aposta no clima de instabilidade como meio de atingir seus objetivos. No seu “Blog da Cidadania”, o jornalista Eduardo Guimarães diz que “é nesse contexto que, no segundo dia útil desta semana, o jornal Folha de São Paulo publica editorial em que lamenta a perenidade da aprovação e das altas intenções de voto de que desfruta a presidente Dilma Rousseff, mas lembra que há uma luz no fim do túnel para os que disputarão com ela a Presidência da República”. Diz o editorial: “Incapazes de entusiasmar o país com um projeto de mudança, os adversários de Dilma terão de confiar nos embates de campanha e na propaganda eleitoral para conquistar terreno. Sua maior esperança, porém, reside no clima de instabilidade política que se vê em todo o país –algo que nenhum candidato controla, mas que afeta sobretudo aqueles que estão no poder”. Guimarães lembra que “essa coalização bizarra, que reúne mídia, extremistas de esquerda e de direita, não se dá conta de que se desmoralizou com a violência nos protestos. Recente pesquisa Datafolha mostra que esse movimento é cada vez mais repudiado. Mas, claro, não se sabe que nível de “instabilidade política” essa coalização entre os extremos do espectro político pode pretender”. Tais fatos, como é fácil constatar, evidenciam o desespero dos que pretendem tomar o poder a qualquer preço, mesmo que para isso promovam a desmoralização do Brasil no exterior com manifestações que sugiram, ao resto do mundo, um clima de insegurança e despreparo para a realização de grandes eventos. São esses maus brasileiros que querem ocupar o Palácio do Planalto.

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