terça-feira, 4 de março de 2014

Hora de colher

Há um antigo dito popular que reza: “Se queres conhecer o vilão, dá a ele o bastão”. Quando indicou Joaquim Barbosa para integrar os quadros do Supremo Tribunal Federal obviamente o então presidente Lula não pretendeu conhecer o vilão, mas homenagear os negros com a nomeação de um representante da raça para a mais alta corte de Justiça do país. Infelizmente, porém, não apenas Lula, mas todo o país está estarrecido diante das atitudes de um homem que, cobrindo-se com a toga de magistrado, age como déspota, tirano, todo poderoso, atropelando tudo e todos e até a própria Lei que tem o dever de cumprir. Deslumbrado com a luz dos holofotes, que o colocou até na corrida sucessória para a Presidência da República, ele não respeita ninguém, nem os outros poderes nem seus próprios colegas. A respeito dele, o jornalista Hélio Chaves escreveu, no blog “Rádio do Moreno”: "Tenho medo de homens forjados por holofotes, que surgem do nada, saem de cartolas mágicas num piscar de olhos e que, da noite para o dia são vertidos como salvadores da pátria, do mundo ou um pseudo caçador de marajás. Figuras que se transformam em seres soberbos, prepotentes, de egos inflados...” Arrogante e prepotente, ele ainda não se deu conta de que tudo é passageiro, inclusive a sua presença na presidência do STF. E depois que deixar o cargo, especialmente se efetivamente antecipar a sua aposentadoria, os holofotes se apagarão e ele voltará à escuridão de onde saiu, esquecido inclusive por aqueles que o incensaram. E, então, passará a colher o que semeou em sua breve passagem pela mais alta Corte do país.

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