Aeroportos privatizados

O Governo Federal  privatizou, por R$ 24,5 bilhões, três importantes aeroportos do país: Cumbica, em Guarulhos; Viracopos, em Campinas; e Juscelino Kubitschek, em Brasilia. O valor da operação foi 347% superior ao esperado, mas os tucanos ocuparam a tribuna do Senado para criticar severamente o negócio. O senador Aloysio Nunes  disse que "o PT enterrou uma de suas maiores bandeiras: a luta contra as privatizações". O que não deixa de ser verdade. E o líder da bancada, senador Álvaro Dias, afirmou:"É a confissão da incapacidade administrativa do governo de realizar obras para oferecer aeroportos mais adequados". Também não sou favorável  a privatizações pois, ao contrário do que argumentam os  seus defensores, não vejo nisso solução para os nossos problemas. Acho até que na maioria dos casos a privatização só melhorou a vida dos compradores, que engordaram os seus bolsos, ao mesmo tempo em que milhares de trabalhadores foram postos no olho da rua. No entanto, os tucanos são os menos credenciados para fazerem críticas, já que foi no governo de FHC que praticamente se vendeu o Brasil e ninguém sabe para onde foi o dinheiro. Além disso, no caso dos aeroportos foi um setor de serviços, ao contrário da Vale, por exemplo, em que se vendeu as riquezas minerais do nosso solo. E se o sempre falante senador Álvaro Dias entende que privatizar é confessar incapacidade administrativa não é difícil concluir que era isso que ele pensava do governo FHC.