quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Heróis

A coluna "Painel do Leitor", da "Folha", publicou nesta quinta-feira carta do leitor José Padilha, de São Paulo, dizendo o seguinte:" José Dirceu e José Genoíno são homens de grande valor, como poucos entre nós. Não se intimidaram diante da tirania e da opressão e lutaram por todos nós. Portanto, não é justo que, no país da impunidade, nossos poucos heróis sejam tratados dessa maneira". A propósito, cabe uma perguntinha: Enquanto Dirceu e Genoíno colocavam a vida em risco, lutando contra a ditadura militar, onde estavam os que agora os condenam?

3 comentários:

Anônimo disse...

Eu era amigo de gente de Diretório acadêmico à época e pelo menos 2 deles eu sei onde estavam:
Serra e FHC, esquerdistas de fachadas, daqueles festivos, fugiram, com medo, para o Chile. Lá, o filho do verdureiro, fez curso (muito caro) tipo MBA e se diz, hoje, pós-graduado (sem ter feito graduação). O outro, chamado hoje de "Em Algum Lugar do Passado", filho de General, compartilhou o medo do Serra em participar de conflitos ideológicos e hoje é sociólogo - aquela profissão, seguida por quem não sabe muito bem o que é o contraditório da política.

Anônimo disse...

Concordo com o Padilha, e digo mais. A Ação penal 740 será capítulo presente na História do Brasil, tão importante quanto a Inconfidência Mineira dos tempos coloniais. Como Tiradentes, daqui algumas décadas, muitos dos condenados no julgamento do rumoroso "mensalão", serão reconhecidos como heróis da pátria porque tiveram a coragem de trocar a própria liberdade pela ousada decisão de buscar no ilícito a possibilidade de garantir as mudanças sociais jamais vistas no Brasil, inéditas e ocorridas no governo de um homem do povo, acusado de analfabeto pelos "calares da amanhã", os que hoje engolem a seco a lição de líder e estadista que o Lula legou ao mundo.
Dirceu, Genoino, Delúbio e até o astuto Valério, sabiam que o perfil ético e moral dos Deputados Federais e Senadores, gamais garantiria a aprovação dos projetos essenciais às mudanças obtidas no governo do ex-presidente Lula, senão mediante a venda dos seus votos. Lamentável porque, afinal de contas, eles representam o povo, porque pelo povo foram eleitos. Um povo que, também guardadas as honrosas exceções, é constituído de milhares de deficientes morais, herdeiros genéticos da maioria dos nossos colonizadores, além de outros que, apesar de sãos, permaneceram no analfabetismo, como massa de manobra para os interesses das elites políticas que dominaram a nação brasileira antes da era PT. Artífices de uma gangrena social crônica, quase letal, a desafiar a democracia brasileira e que, certamente não será resolvida em no presente nem no futuro mandato da resolvida Presidente Dilma, tão gigantes e viçosas as raízes generosamente adubadas nos governos pré-Lula.
É triste, mas verdadeiro saber que, desgraçadamente, sem o “mensalão”, o Brasil teria continuado o Brasil da era FHC para trás. Uma pena!
De tudo fica a lição do mensalão como estímulo para que cada brasileiro, mesmo os ainda analfabetos, seja mais responsável ou razoavelmente perspicazes na hora de exercer o direito do voto nas eleições futuras.

Anônimo disse...

No comentário onde o Anônimo concorda com o Padilha, onse de lê "Ação Penal 740", leia-se "Ação Penal nº 470". Afinal, se o brasileiro não melhorar os seus conceitos na hora de votar ou voltarem a cair no "conto dos Tucanos e Cia", a Ação Penal 740, em dois mil e futuramente poderá ser muito pior.