terça-feira, 13 de novembro de 2012
Pena de morte
A julgar pelas manchetes, noticiário e comentários festivos, se dependesse da chamada Grande Imprensa os réus do chamado mensalão não seriam condenados à prisão, mas à morte. O colunista Josias de Souza chegou, inclusive, a achar as penas pequenas. E o Procurador Geral da República, Roberto Gurgel, quer a prisão imediata dos condenados. O comportamento feroz desse pessoal, no entanto, com relação aos réus do mensalão, não parece arroubo de honestidade nem fruto do desejo de punir corruptos mas, simplesmente, resultado de um inexplicável ódio contra o PT e os petistas, incluindo Lula, que tornou o Brasil respeitado em todo o mundo. Se pudessem provavelmente fuzilariam todos, à guisa de combate à corrupção. Gostaria de ver como se comportariam se a compra de votos para a reeleição de FHC fosse a julgamento do Supremo. E como se comportarão quando for julgado o mensalão mineiro. Em tempo: o ministro Joaquim Barbosa, que já impõe sua vontade no STF antes mesmo de assumir oficialmente o seu comando, toma posse na presidência do Supremo na próxima segunda-feira, dia 19, quando o atual presidente Ayres Brito se aposenta. Ele convidou pessoalmente a presidenta Dilma Roussef e os presidentes da Câmara e Senado para a cerimonia e disse, em entrevista, que seu estilo "terá muita clareza, simplicidade e transparência". Então, tá.
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