domingo, 20 de fevereiro de 2011

Agenda absurda

Em Belém o pobre sofre até depois de morto. Para enterrar seus mortos em cemitério publico  as famílias de baixa renda de Belém terão de agendar o sepultamento com pelo menos 24 horas de antecedência. E as vezes o morto fica aguardando vaga durante até três ou quatro dias. Ou seja, para agendar o sepultamento o sujeito terá de avisar também com  antecedência quando vai morrer. A denúncia foi feita pelo jornal "O Liberal" deste domingo, revelando que o cemitério parque do Tapanã, com capacidade para 20 mil sepulturas rotativas, já tem mais do dobro de pessoas sepultadas: 47 mil. Para quem não sabe, cemitério rotativo é aquele onde o defunto só fica enterrado por cinco anos, findo os quais o dito cujo é exumado e transferido para um ossuário. Quem não quiser fazer o agendameno terá de "morrer" com R$ 3 mil para pagar uma sepultura perpétua. A Justiça já está cobrando do prefeito Duciomar Costa um novo cemitério.

Um comentário:

Anônimo disse...

Infelizmente esta é a grande verdade do momento aqui em Belém. Como certeza os parentes dos mortos sofrem muito mais pelos problemas enfrentados para sepultar seus mortos do que por tristezas e saudades. Abraços Manoel Augusto (primo)