segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Investigar o quê?
Há pouco mais de um mês, mais precisamente no dia 17 de janeiro, um delegado de policia de São Paulo agrediu um cadeirante por causa de uma vaga para estacionamento de veículo. O cadeirante, o advogado Anatole Magalhães Macedo, reclamou porque o delegado Damásio Marino estacionou na vaga destinada a deficiente físico. Foi o suficiente para ser agredido a coronhadas. Aberto inquérito o policial foi afastado por 30 dias, mas já voltou a trabalhar. E somente depois de concluido o inquérito, em meados de abril, é que a Secretaria de Segurança paulista decidirá o seu destino. Detalhe: as testemunhas ouvidas confirmaram a agressão e o delegado Damásio é réu em outro processo por injúria, ameaça e lesão corporal. Ou seja, não é flor que se cheire. E mais: o cadeirante denunciou que foi vítima de ameaça de morte e a investigação comprovou que o telefonema que ele recebeu teve origem na Delegacia de São José. Ainda é preciso investigar mais para punir o valentão que agride um deficiente? Está mais que evidente que um sujeito desses não tem preparo nenhum para ser delegado. Aliás, não só em São Paulo mas em todo o país muita gente, com a maior cara de pau, ocupa sem a menor cerimonia vagas destinadas a deficientes e idosos. Em São Luis é só observar o que acontece no estacionamento do aeroporto Cunha Machado. É um desrespeito total.
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