terça-feira, 11 de agosto de 2015

Um novo clima

Os dois mais radicais adversários – ou será inimigos? – do governo Dilma, o senador Aécio Neves e o deputado Eduardo Cunha, foram isolados em suas investidas contra o Planalto. O senador mineiro, que ficou obcecado pela Presidência da República, convencido de que com o afastamento de Dilma através do impeachment assumiria o governo como “salvador da pátria” , agora prega no deserto porque ninguém mais lhe dá atenção, nem a mídia e muito menos os seus colegas tucanos de maior projeção. E ainda corre o risco de ficar de fora das eleições presidenciais de 2018. Por sua vez, o presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha, que usou o cargo para tentar implodir o governo com o apoio de falsos aliados, já não tem a cobertura da mídia, que passou a considerá-lo um porra-louca. E também perdeu a cumplicidade do senador Renan Calheiros, que mostrou estar mais preocupado, efetivamente, com os interesses nacionais. O presidente do Senado até propôs uma agenda, que foi recebida com simpatia pela Presidenta. Percebe-se, sem muita dificuldade, que o clima de golpe está dando lugar a novas esperanças quanto ao governo Dilma, já dando sinais de fortalecimento. A Presidenta passou a receber melhor tratamento da mídia, com algumas exceções. E as nuvens negras que pairavam sobre o país estão se dissipando.

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