quinta-feira, 25 de dezembro de 2014
Natal
Há pouco mais de dois mil anos nascia em Belém, na Judéia, o homem que mudaria os rumos da Humanidade: Jesus. Filho de um carpinteiro da Galiléia, ele viveu apenas 33 anos, mas foi o suficiente para plantar a sua doutrina de amor, o Evangelho, cujas primeiras sementes foram lançadas entre humildes pescadores às margens do lago Tiberíades. Com o seu Evangelho, Jesus pregou o amor ao próximo como o principal fundamento para a vida na Terra, ao mesmo tempo em que ensinou o perdão, a humildade, a indulgência, a paciência e a caridade como virtudes imprescindíveis para que os homens sejam verdadeiramente irmãos. Por tudo isso, o Natal, neste mês de dezembro, produz uma atmosfera de paz que envolve o planeta, torna as pessoas mais fraternas e inspira tréguas até nos conflitos entre os povos mais belicosos.
Infelizmente, porém, nem todos os homens se deixam invadir por esse sentimento de fraternidade que torna as pessoas mais sensíveis e predispostas a uma convivência mais amistosa. Muita gente, que encara a data do nascimento de Jesus como um dia igual aos outros, lamentavelmente não sente os eflúvios natalinos e permanece entrincheirado em sentimentos egoísticos, indiferente ao sofrimento dos irmãos menos favorecidos e mais preocupados com os seus próprios interesses. Nem mesmo a explosão de cores nas ruas, as reuniões de confraternização e as mensagens de paz conseguem sensibilizar os corações endurecidos, cujas vistas estão voltadas para o próprio umbigo. E alguns, consumidos pelo ódio, não se importam com as consequências danosas para o país de suas atitudes deletérias, convencidos, talvez, de que a vida se limita a este mundo. Recorde-se Jesus: “A cada um segundo as suas obras”.
O Brasil, um país jovem reconhecidamente pacífico e religioso, onde o cristianismo floresceu de maneira vertiginosa, abriga um povo forte, solidário e feliz – conforme atestam as pesquisas – que, após um breve período de dificuldades, amadureceu nas últimas décadas dentro de um regime democrático solidificado pela eleição de um torneiro mecânico para governá-lo. E cresceu no concerto das nações não apenas por suas políticas sociais que arrancaram muita gente da miséria mas, também, pelos programas educacionais que permitiram maior acesso do povo pobre às universidades e, ainda, por sua política externa de independência, impondo-se como potência emergente. Constata-se, no entanto, que ainda tem muita gente descontente, sobretudo entre aqueles que detém algum tipo de poder e, usando-o, atua no sentido contrário às aspirações da esmagadora maioria do povo brasileiro.
A corrupção, essa praga que ataca o mundo inteiro, tornou-se estandarte dos que tem seus interesses contrariados e almejam o poder, tentando alcançá-lo a qualquer preço, mesmo com o sacrifício da democracia tão duramente conquistada. Nunca se combateu tanto a corrupção como hoje, graças ao atual governo, que oferece as condições necessárias às investigações e prisão dos culpados. E, também, graças à garantia da liberdade de imprensa, nunca se divulgou tanto as denúncias e as ações destinadas a investigá-las. Infelizmente nem sempre a liberdade de expressão tem sido usada honesta e éticamente, com determinados veículos de comunicação esquecendo a missão de informar para assumir posições políticas, em prejuízo da imparcialidade da informação. E ampliam os escândalos para criar um clima de instabilidade no governo. Vale a pena lembrar a advertência de Jesus: “Os escândalos são necessários, mas ai de quem por onde venham os escândalos”.
Os oposicionistas retroagem no tempo e imaginam que fazer oposição é ser contra tudo o que procede do governo, pouco importando se as iniciativas governamentais atendem aos anseios do povo. Os eternos insatisfeitos, descontentes com tudo o que contraria as suas convicções ideológicas e seus interesses, reclamam até da cor do vestido da Presidenta. E investem contra a maior empresa estatal brasileira, a Petrobrás, por conta dos escândalos de corrupção, mesmo com os responsáveis sendo identificados e punidos. Se esforçam para desvalorizá-la, provocando a queda das suas ações, de modo a criar um ambiente favorável à sua entrega para o capital estrangeiro. São maus brasileiros que fingem indignação para justificar sua posição entreguista. Na verdade, se dependesse deles, o Brasil não seria um pais independente mas uma colônia, por exemplo, dos Estados Unidos.
Praza aos céus que os eflúvios do Natal, data maior da cristandade, possam penetrar nos corações endurecidos e o sentimento de fraternidade promova a paz tão desejada pelos brasileiros de boa vontade. É preciso ensarilhar as armas e, pelo menos neste período, esforçar-se para observar os ensinamentos do mestre Jesus, buscando a conciliação em favor do nosso país e do seu povo. Afinal, todos são responsáveis pelos destinos do Brasil e pelo bem-estar da população. Um pouco de amor no coração certamente fará um bem enorme, sobretudo àqueles que, sempre mau-humorados, imaginam que o Natal é tempo apenas de comer peru na ceia e receber presentes de Papai Noel. Lembrem-se, o Natal assinala o aniversário de nascimento de Jesus, aquele que pregou o amor até aos inimigos.
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