sexta-feira, 10 de maio de 2013
Mea culpa?
O governador Geraldo Alkmin, de São Paulo, armou sua metralhadora giratória verbal e atirou para todos os lados, inclusive para dentro do seu próprio governo. Ele criticou todo mundo, inclusive a Justiça, por sua morosidade e por impedir que ele divulgue o salário dos servidores do Estado. Criticou, também, a impunidade dos corruptos, chegando a dizer que "o sujeito fica rico, bilionário, com fazenda, indústria, patrimônio e não acontece nada". E acrescentou: "O povo não sabe de um décimo do que se passa contra ele", pois se soubesse "ia faltar guilhotina para cortar cabeças". O pronunciamento do governador paulista sem dúvida é oportuno, pois reflete a indignação da esmagadora maioria do povo brasileiro. Mas ele esqueceu um detalhe: como governador do Estado mais importante do país tem poderes para punir os corruptos do seu Estado. Por que não o faz? Se sabe quem ficou rico, bilionário, com fazenda, etc, por que não faz nada para puni-los? Por que não revela ao povo o que ele não sabe? O discurso é bonito, mas sem praticá-lo fica tudo resumido em palavras. E só palavras não muda nada.
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