domingo, 24 de fevereiro de 2013

A renúncia

Embora tenha justificado a sua decisão de renunciar ao Pontificado com a falta de vigor físico, por conta da idade avançada, o Papa Bento XVI parece que não conseguiu convencer a maioria dos fiéis, em especial jornalistas e especialistas em Vaticano. Na imprensa do mundo inteiro surgiram especulações sobre o que seriam os verdadeiros motivos da renúncia: intrigas nos corredores do Vaticano, luta pelo poder e até homossexualidade na cúpula da igreja. Segundo essas especulações, Bento XVI teria ficado desgostoso com tudo isso e, então, decidido renunciar. A possibilidade, na verdade, existe, já que a história da Igreja Católica é marcada por intrigas, brigas pelo poder, crimes, etc, o que proporcionou material para muitos livros e até filmes. Talvez nunca chegaremos a saber os verdadeiros motivos da renúncia, mas as atenções se voltam agora para a eleição do novo Pontífice e, sobretudo, para a nova situação que será criada na Igreja com a existência de praticamente dois papas. Na sua última oração do Ângelus neste sábado, na praça de São Pedro, para mais de 50 mil fiéis, Bento XVI fez suas despedidas, já que deixará o cargo no próximo dia 28, dizendo que a partir de agora irá se dedicar mais à meditação e à oração. Destacou, no entanto, que "isso não significa abandonar a Igreja". A pergunta agora é: será que o novo Papa se sentirá confortável administrando a Igreja com outro Papa na sombra? Até que ponto Bento XVI, embora sem o poder, poderá influenciar o novo papado. Para alguns observadores, tudo dependerá do novo Pontífice. O fato é que, depois dos escândalos que sacudiram a estrutura milenar da Igreja Católica, estamos presenciando hoje o início de um novo capítulo em sua história.

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