sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Coitado...

Leitor deste blog, identificando-se como Fuleco da Silva, posta comentário sobre a nota em que pergunto por que tanto ódio ao PT. E exalta o ministro Joaquim Barbosa, dizendo-o independente e com saber jurídico reconhecido. Quando li o comentário imaginei que se tratava do mascote da Copa de 2014 mas, na verdade, trata-se de leitor que se esconde no anonimato para dizer o que não tem coragem de assumir com o próprio nome. Nunca questionei a competência do ministro Barbosa que, certamente, é a mesma dos seus colegas do STF. E creio que nenhum ministro tem o rabo preso com o PT ou qualquer outro partido, como disse o "Fuleco". O que acho é que o julgamento perdeu a isenção ao sofrer a influência da chamada Grande Imprensa que, ao invés de se limitar a noticiar os fatos, fez uma verdadeira campanha para a condenação dos réus, especialmente os ligados do PT. Sobre o fato de o ministro Joaquim Barbosa ser aplaudido onde chega e os ministros Lewandowski e Toffoli serem vaiados, como diz o "Fuleco", isso revela apenas que infelizmente tem muita gente que não usa a cabeça, não raciocina, preferindo pensar com a cabeça dos que controlam a mídia, que condenou os réus por antecipação. E estigmatizou os ministros que agiram com isenção.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Por que o ódio?

O Procurador Geral da República, Roberto Gurgel,pediu a prisão imediata dos condenados pelo Supremo Tribunal Federal no processo do mensalão, mas a questão só será definida pela Corte na próxima semana. Alguns ministros, no entanto, defendem uma definição para a questão da prisão só no próximo ano, após o ajuste das penas, a análise dos recursos e o transitado em julgado. O novo ministro Teori Zvascki, que tomou posse nesta quinta-feira na vaga aberta com a aposentadoria do ministro Cezar Peluso, já deverá participar do julgamento dos recursos, apesar das pressões externas para mantê-lo distante do julgamento da ação 470 e que, inclusive, impediram que ele assumisse a cadeira em pleno processo. Uma nova polêmica vai ser aberta com a disposição do STF de cassar o mandato dos três deputados condenados: João Paulo Cunha, Valdemar da Costa Neto e Pedro Henry. O presidente da Câmara Federal, deputado Marco Maia, afirmou que, de acordo com a Constituição, "só a Câmara pode determinar a perda do mandato de um deputado". Agora, uma perguntinha inocente: por que o procurador Roberto Gurgel e o ministro Joaquim Barbosa tem tanto ódio do PT? Será que é porque foi o PT, através do presidente Lula, que os nomeou, respectivamente, para a PGR e para o STF?

Pisou na bola

O novo treinador da seleção brasileira de futebol, Felipe Scolari, já pisou na bola em sua primeira entrevista como substituto de Mano Menezes. Ao tentar justificar como naturais as pressões sobre os jogadores, ele disse uma frase infeliz:"Não quer pressão, então vai trabalhar no Banco do Brasil". Com uma só frase ele ofendeu o principal banco oficial do país e os bancários, o que provocou indignação e reação imediata do estabelecimento oficial de crédito e do sindicato dos bancários. Começou mal. Ele vai precisar segurar a língua, para não falar mais besteiras, e mostrar serviço para não arranjar mais antipatias.

Guantânamo

A base militar norte-americana de Guantânamo, em Cuba, onde estão presos 166 acusados de terrorismo, deverá mesmo ser desativada, com a transferência dos prisioneiros para prisões nos Estados Unidos. O anúncio foi feito pela senadora democrata Dianne Feinstein. O presidente Barack Obama já havia prometido o fechamento daquela base, onde surgiram muitas denúncias sobre torturas de presos, mas a sua intenção foi barrada pelos republicanos. Agora, porém, parece que a base finalmente será desativada, o que provavelmente contribuir para melhorar as relações entre os Estados Unidos e Havana.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Caiu a máscara

A condenação do ex-deputado Roberto Jefferson a sete anos de prisão semiaberta, pelo Supremo Tribunal Federal, é a mais clara evidência de que o julgamento do chamado mensalão teve caráter político, direcionado para atingir o PT e, de tabela, o ex-presidente Lula. Réu confesso, Jefferson foi considerado colaborador pelo ministro Joaquim Barbosa por ter denunciado o suposto esquema e, por isso, foi beneficiado. Ele próprio, porém, rejeita a pecha de delator. E afirmou que recebeu R$ 4 milhões não para votar no governo mas como resultado de um acordo de campanha com o PT. O advogado dele, depois de negar a suposta compra de votos, informou que vai pedir a sua absolvição, porque "deputado não pode ser processado por votar. A constituição - acrescentou - diz que os votos são invioláveis por questões civis e criminais". Enquanto o relator Joaquim Barbosa dizia que se deve a Jefferson o processo do mensalão, o revisor Ricardo Lewandowski afirmava que não houve nenhuma colaboração, já que o próprio Jefferson nega a delação.E considerou a sua condenação como "uma espécie de indulto eminentemente político".

Desperdício

O governador Sergio Cabral, que tanto reclama a falta de dinheiro, bem que poderia usar na educação e saúde o dinheiro (R$ 873 mil) gasto na manifestação promovida terça-feira no Rio contra o projeto de lei que redistribuiu os royalties do petróleo.

Nas alturas

A mídia política inflou tanto o ego do ministro Joaquim Barbosa, incensando-o ao ponto de considerá-lo herói, que ele agora paira no ar, acima de tudo e de todos, imaginando-se com poderes excepcionais. Ainda esta semana, na primeira reunião do Conselho Nacional de Justiça sob a sua presidência, aventou a possibilidade de extinção da Justiça Militar dos Estados. Já tem muita gente preocupada, temerosa de que ele possa aventar, também, a possibilidade de extinção das Assembléias Legislativas e Câmaras de Vereadores.