quarta-feira, 9 de julho de 2014
Basa contrata
Da Associação dos Empregados do Banco da Amazonia (AEBA) transcrevo a seguinte nota: "Na manhã do dia 7 de julho em curso, o Banco da Amazônia assinou contrato com a empresa de Consultoria Deloitte Touche Tohmatsu para que, em 33 meses, segundo os técnicos da consultora, apresentar uma “solução global” para a Gestão de Pessoas do Banco, visando um cenário futuro de excelência nessa área. A reunião contou com a participação de toda a Diretoria do Banco e de representantes da Associação dos Empregados do Banco da Amazônia, o presidente Silvio Kanner, e do Sindicato dos Bancários do Maranhão, Gilson Afonso.
A participação das entidades é procedimento comum nesse tipo de projeto corporativo. Na ocasião, elas recebem informações relacionadas ao contrato e conhecem os responsáveis pela Consultoria, tentam passar a idéia de que há um clima de diálogo e trabalho conjunto para a consecução da nova plataforma de RH. Na prática, porém, nada mais que isso. Nenhuma garantia de que as nossas contribuições serão ao menos debatidas seriamente. A Diretoria do Banco mantém o controle integral do processo.
Em geral, nesse tipo de trabalho os consultores precisam construir uma avaliação inicial sobre o “nível de resistência” dos empregados, medida a partir de um contato com as entidades representativas. Da parte da AEBA, afirmamos que não temos nenhum compromisso com o projeto, uma vez que não fomos ouvidos na fase de preparação da licitação, bem como não sabemos quais são suas bases e os resultados projetados. Somente após a conclusão da Consultoria e de posse das propostas, poderemos manifestar uma posição.
Todo esse cuidado com o “diálogo” não é nada mais nada menos que a preocupação com uma provável frustração, uma vez que, por razões estritamente jurídicas, não há como a Diretoria impor uma solução de RH ou um novo PCS de forma unilateral, isso feriria o princípio do direito adquirido. Se o Banco não precisasse juridicamente da concordância de todos, não faria a menor questão de dialogar. Tem sido assim em outras áreas da gestão, onde e quando a caneta pode resolver sozinha, não há oportunidade para o entendimento.
Os técnicos da Consultoria informaram que irão se pautar nas melhores práticas de mercado e constituirão metodologias que as tornem passiveis de serem implantadas no Banco. Por parte da AEBA já fizemos algumas propostas de boas práticas de mercado que consideramos decisivas para o sucesso do projeto como, Recuperação salarial, que pelo menos nos equipare com os demais Bancos Públicos Federais; Fim da Lateralidade; Patrocínio pelo Banco no Plano de Saúde dos Seus Empregados; Pagamento de horas extras, também é uma prática comum no mercado, aliás, é algo que está previsto na lei. É também uma boa prática de mercado respeitar a legislação salarial, inclusive das diversas profissões regulamentadas, entre outras.
Lembrando de que, “gato escaldado tem medo de água fria” e de que “de boas intenções ninguém vive”, não devemos nos apegar a “belos discursos” declaratórios de maravilhas, os quais são desnudados por atos administrativos reais. Lembremos as atitudes relacionadas ao Quadro de Apoio, aos Engenheiros, o recente anúncio de mais redução no quadro de algumas agências, a elevação da taxa de juros do CHESAL, a Lateralidade, o corte de funções de Supervisão na Direção Geral e uma realidade salarial que, na linguagem do futebol, nos coloca na lanterna da categoria dos bancários da rede oficial federal.
Já tivemos discussões com a Diretoria do Banco e sempre nos informaram que as nossas reivindicações não são fáceis de serem atendidas. Compreendemos isso, sabemos que não são fáceis, mas como dissemos também em várias ocasiões: “se vocês não têm como melhorar de imediato, seria muito importante que não tomassem decisões para piorá-las”. Quanto maior a postergação e o aprofundamento do problema, mais difícil a solução.
O que esperar do Projeto que demandará quase 03 anos para sua conclusão? Diante da difícil realidade em que fomos atirados, temos é que ir à luta e manter a atenção, a coesão pela nossa pauta. Com olho vivo!
Para que todos tenham conhecimento, a AEBA transcreveu do Diário Oficial da União do dia 07/07, a publicação onde consta a contratação da Consultoria acima referida.
Nº DO PROCESSO: PA-2013/005; Nº DO CONTRATO: 2014/170;
CONTRATADA: DELOITTE TOUCHE TOHMATSU; CNPJ/MF:
02.189.924/0001-03; OBJETO: Prestação de serviços de consultoria
especializada em recursos humanos; MODALIDADE DE LICITAÇÃO:
Concorrência; FUNDAMENTO LEGAL: Lei 8.666/93; ITEM
ORÇAMENTÁRIO: Crédito com recursos próprios disponíveis em
orçamento; VALOR MENSAL: R$ 2.400.000,00; VIGÊNCIA: 33
meses, contados a partir da data da assinatura; DATA DA ASSINATURA:
01/06/2014; DECISÃO: Diretoria do Banco em
10/06/2014; Lisete Maria Hortêncio Batista - Gerente Executiva da
GESUP.
sexta-feira, 4 de julho de 2014
Cadê a Fifa??
Atingido covarde e maldosamente com uma joelhada nas costas pelo colombiano Zuniga, no segundo tempo do jogo Brasil x Colombia nesta sexta-feira em Fortaleza, o brasileiro Neymar, principal craque da seleção canarinha, sofreu fratura da terceira vértebra lombar e vai ficar fora do resto da Copa. Ele saiu do campo chorando de dor e foi direto para o hospital. E o árbitro espanhol Carlos Velasco, o pior que já apitou uma partida do Brasil, sequer advertiu o jogador agressor. Em contrapartida, numa clara demonstração do seu comportamento prejudicial à equipe brasileira, deu um cartão amarelo para Tiago Silva só porque passou na frente do goleiro colombiano e atrapalhou a saída da bola. O árbitro inglês que apitou o jogo Brasil x Chile também prejudicou muito a nossa seleção. Até parece que existe uma recomendação para que eles atuem contra o selecionado brasileiro pois, de outro modo, por que a Fifa não os pune?? Com tantas câmeras espalhadas pelo campo a entidade máxima do futebol mundial não pode alegar desconhecimento sobre a atuação vergonhosa desses árbitros. E será que também não vai punir o jogador colombiano?? Se não o fizer estará comprovada a sua participação no complô contra o Brasil, pois por muito menos disso, ou seja, por apenas uma dentada puniu o uruguaio Luiz Suarez com a proibição de participar de nove jogos, tirando-o da Copa e prejudicando a seleção do seu país. Cadê o padrão Fifa que exigiu tanto do Brasil para realizar a Copa??
quinta-feira, 3 de julho de 2014
A caravana passa...
O Brasil – ufa! – passou para as quartas de final da Copa do Mundo de Futebol quase matando do coração muita gente que acompanhou o jogo com o Chile, no sábado último. Foi um sufoco que poderia ter sido evitado se a equipe tivesse jogado melhor e o árbitro inglês fosse mais honesto. E graças ao Julio César estamos hoje nos preparando para novo sofrimento diante da Colombia, na próxima sexta-feira, esperando melhor desempenho da seleção. Não se pode, no entanto, negar o mérito dos chilenos, sem dúvida uma grande equipe que merecia passar para a outra fase por tudo o que jogou desde o início da competição.
Não deixa de ser estranho, porém, o comportamento de determinados comentaristas da Globo que, certamente desejosos de projetar uma imagem de isenção para os telespectadores, não viram pênalti em Hulk e enxergaram a bola no braço do mesmo jogador, aprovando, portanto, a decisão do árbitro britânico de não marcar a penalidade máxima contra o Chile e, também, de anular o gol do atacante brasileiro. Só os comentaristas da Central da Copa consideraram acertadas as decisões do árbitro, porque até os seus colegas Galvão Bueno e Arnaldo Cesar Coelho viram os seus erros e criticaram o seu desempenho.
Imagine-se se, ao invés do uruguaio Luiz Suarez, fosse um jogador brasileiro que tivesse mordido um adversário! O pessoal da Central da Copa não apenas teria visto em detalhes todos os ângulos da dentada como, também, teria considerado branda a punição dada pela Fifa: no mínimo entenderia que o mais acertado seria o seu banimento do futebol. Embora Luizito seja reincidente e todo o planeta tenha visto a mordida, inclusive ampliada, os seus compatriotas consideraram a agressão um fato normal no futebol e o trataram como verdadeiro herói. O exagero da patriotada é evidente, até porque não existe o menor indício de heroísmo em morder alguém, mas os uruguaios pelo menos deram uma demonstração de solidariedade.
Quanto a nossa seleção, Felipão precisa corrigir alguns defeitos que todo mundo vê e que parece perseguir o nosso selecionado em todas as copas: a falta de marcação e o velho hábito de jogar a bola para os lados e para trás. Todas as equipes – todas – marcam intensamente os adversários desde a saída da bola, quase não dando tempo para o outro respirar, enquanto os brasileiros oferecem amplo espaço para que o jogador contrário pare e pense para quem vai fazer o lançamento, acompanhando de longe a sua movimentação. Só dão combate mesmo quando o adversário praticamente penetra na grande área e aí vira sufoco, principalmente quando atrasam a bola para o goleiro diante dos atacantes da equipe contrária. Acho que Felipão deveria ter alguém assistindo o jogo pela TV, em permanente contato com ele, pois existem muitas falhas que não podem ser vistas do local onde se encontra, no campo.
De qualquer modo, apesar de tudo a seleção conseguiu empolgar a torcida, que extravasa a sua brasilidade, o seu amor à pátria, ao contrário de alguns políticos e outros maus brasileiros que afirmam, com todas as letras, não sentir orgulho do seu país. E só conseguem ver os defeitos, o lado negativo, como se todos os outros países fossem o paraíso e aqui o inferno. São arautos do pessimismo. Tem candidato para quem nada presta no Brasil e só sabe apontar os defeitos, não apresentando uma única proposta para mudar o que considera errado. E chegou a profetizar, fazendo coro à mídia comprometida, que a Copa seria um fracasso. O sucesso da competição em nosso país, reconhecido inclusive pelos turistas e pela imprensa estrangeira, deixou essa pessoal com cara de tacho. E sem credibilidade para prever qualquer coisa.
Como diria o saudoso Ibrahim Sued: “A caravana passa e os cães ladram”.
terça-feira, 1 de julho de 2014
Barbosa já foi
O ministro Joaquim Barbosa, o mais polêmico ministro do Supremo Tribunal Federal, deixou a Corte nesta terça-feira após presidir, pela última vez, a sua sessão. Ao contrário do esperado não fez nenhum discurso de despedida, fazendo qualquer balanço da sua gestão à frente da mais alta Corte de Justiça do país, mas ao deixar o prédio disse aos jornalistas que saía “com a alma leve” e com a “sensação do dever cumprido”. Ele se aposentou precocemente, pois tendo 59 anos ainda tinha 11 anos para permanecer no STF, até completar 70 anos. Ele negou qualquer pretensão política, mas deixou claro que a partir de agora é livre para definir os rumos da sua vida, o que, obviamente, não exclui a possibilidade de ingressar na política. Saiu, porém, sem deixar saudades. Muito pelo contrário, sua gestão no comando do Supremo foi muito criticada no meio jurídico e até entre os seus próprios colegas do STF e do CNJ. O ministro Marco Aurélio Mello chegou a dizer que a imagem do Supremo foi “arranhada” durante a sua gestão, acrescentando que “precisamos voltar ao padrão anterior, que não é o da Fifa”. A partir de agora o Supremo passa a ser presidido pelo ministro Ricardo Lewandowski, que certamente reconduzirá a mais alta Corte do país à sua normalidade e ao respeito que sempre mereceu do povo brasileiro.
Padrasto?
O Plano Real completou neste dia 1º de julho 20 anos da sua implantação no país. E mais uma vez o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso aproveitou a data para aparecer como o seu autor. O verdadeiro pai do Real foi esquecido nas comemorações: o presidente Itamar Franco. Como ele já está morto, FHC continua posando de pai da moeda que estabilizou a economia do país. E, por mais incrível que possa parecer, ainda tem gente que acredita.
Bola na trave
Em sua última sessão sob a presidência do ministro Joaquim Barbosa, que se aposentou precocemente, o Supremo Tribunal Federal rejeitou, por 8 votos a 2, o pedido do PSDB para anular o artigo 28, da Lei Geral da Copa, que proíbe a entrada nos estádios de cartazes, bandeiras e símbolos com mensagens ofensivas. O partido, presidido por Aécio Neves, argumentou que essa lei impede a liberdade de expressão. O relator do pedido, ministro Gilmar Mendes, entendeu que a lei não limita a liberdade de manifestação, mas previne contra confrontos e distúrbios dentro dos estádios. Os tucanos, que sempre pregaram o pessimismo em relação à Copa e apoiaram as manifestações violentas nas ruas das grandes cidades, queriam facilitar a ação dos vândalos nos estádios e desse modo turvar o sucesso da competição. E são eles que querem voltar a governar o Brasil. Apenas votaram a favor do pedido tucano os ministros Joaquim Barbosa e Marco Aurelio Mello.
Sangue de barata
O senador paulista Aloysio Nunes Ferreira foi escolhido pelo presidenciável tucano Aécio Neves para ser seu vice. Também filiado ao PSDB, Aloysio é aquele senador que não faz muito tempo mandou um jornalista à PQP porque lhe fez uma pergunta. A propósito, ele justificou sua atitude, inapropriada para um aspirante a Vice-presidente, por não ter “sangue de barata”. Na verdade, ninguém tem sangue de barata, mas não se vê homens públicos destemperando-se por aí quando assediados por jornalistas. Aécio rejeitou o nome de Serra para fixar-se em Aloysio, mas observadores políticos ainda não conseguiram ver em que o senador paulista contribuirá para eleger o senador mineiro. De qualquer modo, está formada uma chapa tucana “puro sangue”, o que fechou as portas para a adesão de outros partidos.
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