quinta-feira, 2 de junho de 2011
Palhaçada
Como levar a sério uma oposição que, obcecada em criar obstáculos ao governo mas sem forças para tanto, resolve levar para a galhofa um tema que virou polêmica nacional por força da chamada Grande Imprensa. Os senadores Cyro Miranda e Álvaro Dias, do PSDB, e Demóstenes Tores, do DEM, entre outros, decidiram comer uma pizza "com sabor Palocci" e, muito alegres com largos sorrisos, degustaram o petisco diante da objetiva dos fotógrafos, no cafezinho do Senado. Acho que muita gente vai ficar preocupada com essa manifestação oposicionista.
Forasteiro
O deputado Manoel Ribeiro, líder do governo na Assembléia Legislativa do Maranhão, criticou asperamente, da tribuna, o Secretário de Planejamento do Estado, Fabio Gondin, por não ter cumprido acordo firmado com os deputados em relação à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). E no ardor do indignado pronunciamento, chamou o secretário de "forasteiro". Indiretamente ele criticou a própria governadora Roseana Sarney, que nomeou o "forasteiro" para a secretaria de Planejamento. Gondim é funcionário do Senado e foi trazido de Brasilia pela governadora para ocupar aquela secretaria. O problema é que ao atingir o titular do Planejamento o parlamentar acertou também outros três secretários trazidos de outras plagas, o que a oposição chegou a considerar como um desprezo ao talento dos maranhenses.
Divisão
Meu velho amigo jornalista Francisco Sidou, de Belém, parece não ter recebido com simpatia a minha modesta opinião favorável à criação de mais dois Estados no Pará - do Tapajós e Carajás - como uma alternativa para promover o desenvolvimento daquela região esquecida dos poderes estadual e federal. E me sugere uma campanha neste blog para também dividir o Maranhão, como se a minha opinião fosse fruto da minha naturalidade. Meu amigo, sou tão paraense quanto voce - eu nascido no Maranhão e voce no Amazonas - e sempre defendi os interesses do Pará com toda a força da minha pena, sobretudo no jornal "A Provincia do Pará". Respeito a sua posição e estou certo de que defende a não divisão do Pará com o mesmo amor que tenho por esse Estado e nós dois, embora em posições diferentes, queremos o melhor para o povo paraense. E todos os que se colocam a favor ou contra a criação dos Estados certamente também tem o mesmo sentimento.
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Novos Estados
O Senado aprovou nesta quarta-feira a proposta que prevê a realização de plebiscito no Pará para a criação do Estado do Tapajós. O plebiscito sobre o Tapajós deverá ser realizado dentro de no máximo seis meses, simultaneamente com outro plebiscito já aprovado, para decidir sobre a criação do Estado de Carajás. Se aprovados, o Pará será dividido em três Estados: Tapajós, com 27 municipios, tendo Santarém como capital, e uma população de 1 milhão e 200 mil habitantes; Carajás, com 39 municipios, capital Marabá e uma população de 1 milhão e 600 mil habitantes;,e o Pará, com 78 municipios, capital Belém, e uma população de 4 milhões e 600 mil habitantes. Em Belém já foram realizadas diversas manifestações contrárias à criação dos novos Estados, mas os habitantes das regiões a serem beneficiadas aprovam o desmembramento. O principal argumento favorável é o de que a divisão proporcionará o desenvolvimento das duas regiões, a exemplo do que ocorreu com a criação do Estado do Tocantins. Também acredito nisso.
Denúncia
Mais de 100 caminhões carregados de madeira ilegalmente extraida circulam diariamente pela zona rural de Ulianópolis, na Amazonia, a 400 quilometros de Belém, sob os olhares complacentes do Ibama e da Secretaria Estadual do Meio Ambiente. A denuncia foi feita pelo jornal "O Liberal", de Belém, em reportagem sobre a situação naquele municipio. Segundo o jornal há uma quadrilha atuando ali há cerca de seis anos, vendendo madeira para as diversas serrarias instaladas na cidade, sem qualquer providência por parte das autoridades. O Ibama, no entanto, através de nota, informa que há menos de um mes realizou uma operação na região dos municipios de Dom Eliseu, Paragominas, Ulianópolis e Breu Branco, quando foram aplicados mais de R$ 6 milhões em multas, feito o embargo de 1 mil e 800 hectares de áreas desmatadas ilegalmente e apreendidos 11 caminhões carregados de madeira, 22 armas e 18 motosserras. Cabe uma pergunta: alguém foi preso? Esse negócio de multa não resolve nada, ninguém paga e os madeireiros continuam desmatando impunemente. Enquanto não houver penalidades mais severas, a situação não mudará tão cedo.
Números do desmatamento
O IBGE divulgou relatório nesta quarta-feira informando que nada menos de 2 bilhões e 600 milhões de árvores já foram derrubadas na Amazonia até o ano de 2002 e que apenas 15% da área foi utilizada para a agricultura. O Instituto revelou ainda que a Amazônia, com seus 5 milhões de quilômetros quadrados que representam 59% do território brasileiro, tem 45% da água potável subterrânea do país. E mais: o seu subsolo tem um enorme potencial de combustíveis fósseis. Com seus 24 milhões de habitantes, a região amazônica ainda não recebeu do poder central a atenção que merece. Entra governo e sai governo, cria-se organismos para o seu desenvolvimento, e tudo acaba ficando na estaca zero, à exceção da floresta, que vem sendo derrubada há décadas sem uma ação mais enérgica das autoridades para conter a furia desmatadora dos madeireiros e, também, a pirataria da sua biodiversidade.
Isonomia
A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira proposta de Emenda Constitucional que estabelece que o presideente da República, o vice-presidente, ministros de Estado, senadores e deputados federais devem receber salário igual ao que recebem os ministros do Supremo Tribunal Federal. O autor da proposta, deputado Nelson Marquezelli, do PTB paulista, justificou a iniciativa dizendo que a PEC garante o principio constitucional da harmonia e independência entre os três poderes. Pena que o trabalhador não pode também aumentar o seu salário, como fazem os deputados, pois certamente teriam um rendimento mais justo.
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