segunda-feira, 14 de outubro de 2013
Barbosão
O ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal, deixou escapar, durante uma palestra num evento jornalístico no Rio, que alimenta a esperança de concorrer à Presidência da República no futuro, "depois de se aposentar do STF". O incenso da chamada Grande Imprensa, que massageou escandalosamente o seu ego durante o julgamento do mensalão - inclusive citando o seu nome como possível candidato ao Palácio do Planalto - mexeu com a sua vaidade. Ele confessou que no momento não tem interesse em entrar na política, mas deixou clara essa possibilidade quando deixar o Supremo, o que sinalizou para acontecer antes de completar 70 anos, tempo-limite para a aposentadoria compulsória, porque ingressou muito jovem no Judiciário. Dificilmente, porém, ele conseguirá o apoio da Grande Imprensa, que trabalha explícitamente pela volta dos tucanos ao Planalto. A não ser que se filie ao PSDB. De qualquer modo, a simples confissão sobre um secreto desejo de concorrer à Presidência da República já o coloca numa situação delicada no julgamento de ações com envolvimento político.
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