segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Novo quadro

A morte de Eduardo Campos provocou, além de uma comoção nacional, uma profunda transformação na corrida eleitoral para a Presidência da República. A primeira grande mudança foi a presença da sua vice, Marina Silva, no páreo sucessório, já praticamente ungida como sua substituta. A decisão do PSB, no entanto, só será tomada na próxima quarta-feira, quando também será escolhido o nome que a substituirá na chapa como vice. A grande conseqüência dessa mudança foi a certeza, agora, de que haverá segundo turno, pois até antes do trágico acidente as pesquisas apontavam uma vitória da presidenta Dilma Roussef já no primeiro turno. A maior reviravolta no quadro sucessório, no entanto, foi a possibilidade de um segundo turno com Marina e Dilma. Segundo a pesquisa do Datafolha, realizada após a morte de Campos e divulgada nesta segunda-feira, mesmo não tendo sido ainda homologada como candidata do PSB no lugar de Campos a ex-senadora acreana já ultrapassou o tucano Aécio Neves. De acordo com a pesquisa, Dilma manteve os 36% da última consulta e Aécio também permaneceu com os 20%, enquanto Marina obteve 21% das intenções de voto. Ou seja, e as eleições fossem hoje Marina iria para o segundo turno com a Presidenta. E o candidato tucano, que torceu abertamente pela escolha da ex-senadora acreana convencido de que sua entrada na corrida o beneficiaria na medida em que levaria o pleito para o segundo turno, agora caiu para o terceiro lugar. De qualquer modo, não se pode ainda fazer, com segurança, um prognóstico sobre o vencedor, pois tem muita água para correr por baixo da ponte. Afinal, o horário eleitoral gratuito só começa nesta terça-feira e ainda tem muito chão para os candidatos fazerem a cabeça dos eleitores.

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