Perigo

O Conselho de Segurança da ONU ficou de se reunir nesta quinta-feira para discutir o problema da Siria, cujo ditador Bashar al-Assad é acusado de matar centenas de civis com o uso de armas químicas. Na verdade, a situação naquele país é muito grave e já vem se arrastando há tempos com a morte de milhares de civis. Só agora as chamadas grandes potências (Estados Unidos, Inglaterra e França) resolveram agir para proteger o povo sírio, revelando-se dispostos a atacarem militarmente aquele país. Ocorre, porém, que a Russia, aliada de Assad, é contra e isso cria um clima de tensão entre as grandes potências. Por outro lado, percebe-se, mais uma vez, que a Organização das Nações Unidas só vale quando serve para apoiar decisões dos Estados Unidos, pois caso contrário é solenemente ignorada tanto por Barack Obama como pelos ingleses, como já ocorreu outras vezes, inclusive no caso do ataque ao Iraque. Eles já disseram que atacarão a Siria mesmo sem o aval da ONU. Outra coisa: sem dúvida é muito importante e urgente que as grandes nações façam algo para impedir os massacres na Siria, mas não se deve esquecer, também, o problema do Egito, onde o governo militar igualmente massacra os adversários sob o olhar complacente dos seus principais aliados, os americanos, que fingiram não entender que naquele país houve um golpe militar. De qualquer modo, vamos torcer para que haja um entendimento no Conselho da ONU.