quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Será que valeu a pena?

Será que valeu a pena o Lula e a Dilma se sacrificarem pelo povo brasileiro em sua luta contra a ditadura? Será que valeu a pena o tempo que passaram na prisão? Onde estavam os que hoje os crucificam graças à liberdade que desfrutam? Será que valeu a pena retirar os militares do poder e restaurar a democracia no Brasil? Muita gente se faz hoje essas perguntas diante do panorama atual do país, onde expressiva parcela da população, idiotizada pela mídia que abusa da liberdade de expressão, manifesta um inexplicável ódio justo aos brasileiros que arriscaram suas vidas para que tivessem um país livre. São verdadeiros autômatos, que abdicaram do direito de pensar para repetir as manchetes dos jornais, cujos donos se encarregam de pensar por eles. Será que num governo militar o advogado Matheus Garcia ameaçaria publicamente matar o Presidente? Será que num regime militar o Ministro da Justiça seria hostilizado na rua? É claro que a situação seria bem diferente, com a imediata punição dos que ousassem desrespeitar uma autoridade. Os hoje valentes líderes oposicionistas, que abusam da liberdade criando obstáculos à governabilidade e insultando os governantes, estariam com o rabo entre as pernas e engolindo em seco. Os “paneleiros” que pedem a volta dos militares, certamente porque não sabem exatamente o valor da liberdade, estariam amedrontados, olhando para a rua pelas frestas das janelas dos seus apartamentos de luxo. Talvez apenas os donos da mídia estivessem numa boa, porque conseguem adaptar-se a qualquer situação. A democracia sem dúvida ainda é o melhor regime de governo que o homem já inventou mas, infelizmente, parece que parte da população do nosso país, aí incluída a grande maioria dos políticos, não está preparada para vivenciá-la. Basta observar-se as postagens nas redes sociais, carregadas de ódio, onde o insulto chulo substitui os argumentos, e os pronunciamentos das lideranças oposicionistas, prenhes de críticas ao governo e sem nenhuma contribuição positiva para solucionar os problemas nacionais. O Congresso Nacional, que deveria ser o principal baluarte da democracia, é o primeiro a trabalhar pela destruição dessa conquista do povo brasileiro ao empenhar-se na desestabilização do governo, inclusive com ameaça de impeachment. Os supostos “representantes” do povo, em sua maioria, estão mais preocupados em defender os seus próprios interesses, em detrimento dos interesses maiores do país. A culpa maior por esse despreparo cabe à mídia que, abdicando do direito de fazer jornalismo – já vai longe o tempo em que a disputa era pelo “furo” – tornou-se um partido político, interessado única e exclusivamente em defender os interesses dos seus proprietários, pouco se lixando com o que possa acontecer ao país. Aplicando com sucesso o velho ditado popular segundo o qual “água mole em pedra dura tanto bate até que fura”, bate todo santo dia no governo, torcendo e manipulando informações, transformando seus integrantes em inimigos a serem eliminados e criando um clima de ódio que ameaça a qualquer momento fazer uma vítima fatal. E nesse processo massacrante, que envergonha os verdadeiros profissionais de imprensa, reputações são destruídas impunemente. Imbecilizadas por essa mídia descomprometida com a democracia e com o país, que faz uma lavagem cerebral diária na população, algumas pessoas, como o advogado Matheus Garcia, se tornaram perigosos terroristas, capazes de qualquer ato insano, convencidos talvez de que estão prestando um grande serviço ao Brasil. É o mesmo o que acontece com os terroristas do Estado Islâmico: eles acham que decapitando pessoas e destruindo monumentos históricos estão prestando um grande serviço à sua causa. O fato é que, lamentavelmente, estamos nos tornando um país de anencéfalos, robotizados pelos donos da mídia, que dizem o que devemos pensar e fazer, de acordo com os seus interesses políticos e econômicos. E acabaram transformando a liberdade de imprensa, uma das conquistas fundamentais da democracia, na maior inimiga da própria democracia. Esses homens, porém, tanto os donos dos veículos de comunicação como os que exercem mandatos parlamentares ou ocupam cargos no Executivo e no Judiciário, deveriam começar a pensar que a vida não se limita a esta que estamos vivendo, onde muitos conseguem driblar as leis humanas e garantir sua impunidade. Na vida do outro lado, acreditem ou não, vão ter de prestar contas dos seus atos pois ninguém fica impune diante das leis de Deus. O tamanho da responsabilidade de cada um está na razão direta da extensão dos males praticados e do número de pessoas prejudicadas. Jesus disse que “a semeadura é livre mas a colheita obrigatória”, o que significa que todos terão obrigatoriamente de colher o que plantaram, seja nesta ou em outra vida. É bom que comecem a pensar nisso, pois ninguém sabe o dia em que serão chamados a prestar contas de suas ações.

2 comentários:

Arnaldo Fonseca disse...

A próxima fase da Operação Lava-Jato, aliás Vaza-Jato, será a "Operação Doutoris in Cana" cuja missão será prender todos os Reitores, das universidades brasileiras e estrangeiras, que concederam título de Doutor Honoris Causa ao ex-presidente Lula... e eles só deixarão a prisão depois de assinarem uma delação premiada informando que Lula comprou o diploma com dinheiro da Petrobras.

Marcia disse...

Ribamar, desde domingo uma desilusão enorme tomou conta de mim. Eu jamais podia imaginar que uma parte dos meus próprios irmãos teriam a coragem de solapar sem o menor pudor a democracia tão suadamente conquistada por nós neste país. Ficou cega essa parcela da população, irracional, mirando Dilma, Lula e o PT como aqueles mortos-vivos dos filmes que vão pra cima de uma pessoa para destroçá-la e comê-la, única ação que tem sentido para eles. Por que essa ira?? Ricos, donos de jornais, redes de tv, revistas, grandes empreiteiras, grandes empresas e grandes investidores, esses sim, eu poderia entender tanta raiva, mas de uma parcela do próprio povo?? Sinto-me envergonhada no lugar deles. Nunca havia sentido vontade de sair do Brasil, morar fora, mas agora me deu essa vontade, pois perdi a esperança. Nos governos petistas, conquistamos aquilo que nunca antes havíamos chegado nem perto: pessoas interessadas em nós e fazendo aquilo que podiam por nós. E quando pensei que estivéssemos subindo os degraus da dignidade, da conquista da liberdade, de um Brasil melhor, uma parte do meu próprio povo, apoiada pelos poderosos, ricos e influentes, estão conseguindo colocar tudo isso num buraco tão fundo que acho que vamos regredir pelo menos uns 50 anos. Que pena, Ribamar, que pena!